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Quando relemos os grandes filósofos, entendemos, cada vez mais, a universalidade e atemporalidade dos temas que eles abordaram. Mesmo escritas ou pronunciadas há séculos, suas ideias são contemporâneas, transmitindo muitas lições, ainda nos dias de hoje.

Sócrates, por exemplo, é tão atual que sua teoria do conhecimento baseado no diálogo é premissa dos chamados “modernos” meios de solução de conflitos entre pessoas e empresas. O ser humano teve que chegar aos limites da guerra e da violência para tentar redescobrir o poder do diálogo. E essa redescoberta, ainda que existente, é lenta e relutante, haja vista o atual e inconcebível conflito na Ucrânia.

No estudo de hoje, escolhemos Platão, o grande fundador da escola filosófica que chamou de Academia. Para a análise, trazemos o famoso Mito da Caverna, internacionalmente estudado nas mais variados ambientes escolares e de conhecimento da grande maioria das pessoas. Justamente por isso, vou abster-me do resumo da obra, já certamente dominado pelo leitor. De qualquer forma, insta mencionar que Platão criou figuras alegóricas para representar as dualidades dos dominantes e dominados. Nesse sentido, o trabalho é trazer para os dias atuais o estudo em questão.

Se bem analisarmos, as pessoas do século XXI andam encasteladas dentro das redes sociais de maneira cada vez mais profunda. Aos poucos, cuidou-se de criar uma realidade paralela, dentro do plano virtual, para qual muitos já se dedicam mais do que à realidade, sobrepondo-se a preocupação com a melhor foto até mesmo às emoções da experiência “ao vivo”. Aos habitantes das cavernas virtuais, uma grande gama de transtornos antes jamais vistos vem tomando conta dos divãs dos psicanalistas. Divãs? Não mais.

Os principais profissionais de Psicanálise do mundo tem feito do computador seu consultório, sendo os divãs substituídos pelos aplicativos de chamadas de vídeo. Fato é que os problemas tomaram novas roupagens, as angústias e anseios das pessoas modificaram-se com o passar dos anos, mas as questões filosóficas lançadas há centenas de anos permanecem atuais. Afinal, conhecer o mundo intelegível não se encerra na desconexão das redes, ao contrário. Aqueles que negam a tecnologia e suas tendências ocupam lugar ainda mais profundo da caverna, em paridade com os analfabetos.

O grande desafio é conseguir entender os avanços tecnológicos e suas respectivas ferramentas como meio e não como fim. Devem assim ser considerados como a caneta que empunhamos para escrever uma obra. O punho do escritor é humano e insubstituível, sendo os equipamentos apenas o meio pelo qual as ideias materializam-se nos seus formatos finais. Até mesmo a tão falada inteligência artificial (sim, vamos falar sobre ela em outra matéria) jamais conseguirá criar, produzir algo totalmente novo. E, certamente, quando for a tecnologia dominante, imporá novas cavernas.

Portanto, se as cavernas da antiguidade clássica são parques arqueológicos no século XXI, as redes sociais são os habitáculos de pessoas, materializando-se a teoria de Platão nos dias atuais. E, atualmente, a liberdade passa pela temperança (aristotélica) e pelo equilíbrio entre o real e o virtual. Isso porque o real atual tem muitos contornos virtuais, em uma simbiose de meios cada vez mais virtuosa, se apreciada com moderação.

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